Liberto o tempo, o tempo de sentir o breve e prazeroso calor da paixão, o tempo que outrora foi meu…Nosso… Tempo que reneguei, que fechei numa redoma bem no fundo de mim, para não mais o libertar. Tempo que mesmo renegado, luta vigorosamente, para escapar à inerente e imparcial solidão. E num momento de loucura, revejo a envolvente e aromática luz da paixão, que paira sobre mim, e me envolve com o seu doce aroma. Só a sua grandeza consegue dissipar a fria neblina que me rodeia. E como uma miragem, sinto o tempo abraçar-me, e ouço uma voz segredar-me baixinho: Volta… Chegou o tempo… O tempo de seres novamente feliz!
Rui Porta Nova.
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